O SISTERP reuniu no dia 29 de maio com a Secretária de Estado da Administração Pública, onde abordámos diversos temas. Tivemos a oportunidade de apresentar um retrato real dos principais problemas e anseios dos trabalhadores e dos serviços públicos. Evidenciámos problemas estruturais que necessitam de ser resolvidos, incluindo:
- Uma nova configuração de carreiras que valorize positivamente as funções;
- Abertura da concertação na Administração Pública a outras organizações sindicais;
- Mais ação e responsabilidade das entidades inspetivas;
- Valorização do pessoal não docente;
- Problemas do IMT, Saúde e a necessidade de harmonização e uniformização da aplicação das leis.
A Secretária de Estado assumiu o compromisso de, após a primeira ronda, apresentar uma proposta escrita para avaliação e agendamento de uma nova reunião.
Reflexão!
Os ditos sindicatos do “sistema” (Frente Comum e Fesap) sentem a necessidade de exercer pressão como uma forma de autoproteção. Por que o fazem? A resposta é simples: sentem-se ameaçados por sindicatos, como o SISTERP, que exigem que a mesa de concertação da Administração Pública seja aberta a outras organizações representativas dos trabalhadores. Devemos ser ponderados e responsáveis em todo o processo negocial, dar tempo para a apresentação de uma primeira proposta (conforme prometido pela Secretária de Estado da Administração Pública), apresentar as respetivas pronúncias e propostas de melhoria, voltar a reunir (como ficou acordado no passado dia 29) e, por fim, apreciar a proposta “final”. Só depois disso devem ser tomadas medidas de apoio e/ou protesto.
Os tempos mudam e os sindicatos devem acompanhar essas mudanças, em prol da grandeza, valorização e dignificação dos Trabalhadores. Obviamente, há aqueles que agem por interesse ou agenda política… e os trabalhadores empoderados devem saber discernir o “trigo do joio”. Sejamos os agentes da mudança no sindicalismo português! Contamos com todos.