Informação é conhecimento!
Na reunião, o SISTERP fez-se representar pelo seu Secretário-Geral – Paulo Marinho, Céu Lima e Tiago Oliveira (Delegado Sindical do IMT) .
A reunião decorreu na Delegação do IMT de Viana do Castelo
O Dr. Pedro Silva explicou as razões para a demora na marcação deste encontro, frisando que preferiu aguardar até que pudesse apresentar soluções concretas em vez de “uma mão cheia de nada”. Também reforçou o compromisso do IMT com a liberdade sindical e o direito de reunião, um gesto que foi bem recebido pelo SISTERP.
Ficamos agradados com a postura e abertura do CD para os diversos temas abordados na reunião:
- Instalações e precárias condições de trabalho da delegação de Viana do Castelo
Este tema tem sido central da nossa ação sindical sempre com uma firme pressão preventiva. Sendo uma situação de grande complexidade o que motivou a intervenção da Saúde Pública da ULSAM e Técnicos de Saúde e Segurança do IMT. Logo perante todo este cenário “escuro” colocam-se uma série de perguntas: O que pretendem fazer? Aquisição de novas instalações? Obras? Como vão ser realizadas?
O CD afirmou que a Delegação de Viana do Castelo ou melhor as suas instalações é a sua principal prioridade e que tem trabalhado sem descanso para chegaram a melhor solução e que tem conversado com o presidente da câmara de Viana do Castelo e cujo espaço passa pelas instalações da Ex-AEVC e/ou as instalações das Águas do Norte que aguardam uma proposta de compra ou renda. Certamente soluções ainda demoradas e que carecem autorização da tutela. Contudo, vão intervir nas instalações para atenuar as más condições. Assim, vão alterar a divisão interna dos gabinetes, vão colocar sistema de circulação e refrigeração dos locais. As obras estarão concluídas até ao Verão.
- Falta de equipamentos técnicos
Manifestamos apreensão quanto à falta de material para o exercício de funções, nomeadamente: falta de material técnico para as equipas de fiscalização – Direção Regional do Porto (nomeadamente máquinas fotográficas e material de EPI) e telemóveis para incorporar aplicação de “reconhecimento” da DD Viana do Castelo. O CD disse desconhecer e até estranhou tais situações, mas que vai apurar para suprir as faltas.
- Trabalhadores sob o efeito de Burnout
Fizemos sentir ao CD que um número elevado de trabalhadores das delegações de Viana do Castelo, Braga e Porto (onde já mantivemos reuniões) trabalham sob o efeito de burnout, especialmente no serviço de atendimento e BackOffice. Obviamente que não podemos pactuar com o clima de pressão e mal estar que constatamos nas diversas reuniões de esclarecimento e informação. Vamos pôr cobro às situações de burnout e trabalharmos uma cultura de bem-estar e felicidade no local de trabalho.
- Técnicos superiores e tarefas atribuídas.
Confrontamos o CD sobre as funções de Call Center e atendimento ao balcão, uma vez estar a criar muito desconforto entre os trabalhadores, pois sentem que na maioria das vezes “estão a fazer o frete” e a ser desvalorizados, porque não são parte da solução na resposta que dão aos cidadãos. Pedimos maior ponderação e reflexão sobre o tema, como abono para falhas aos técnicos superiores que no atendimento ao balcão “manuseiam numerário e valores…”. Por parte do CD enalteceram as funções dos técnicos superiores naqueles serviços que em nada desvaloriza as funções dos profissionais, bem pelo contrário e que já colocaram superiormente abonar o respetivo abono para falhas, mas enquanto isso nenhuma falta de valores será pedida para repor.
- Falta de Recursos Humanos no IMT.
Muita da pressão dos trabalhadores advém da falta de recursos humanos nas mais diferentes áreas, com ênfase para o atendimento. Perguntamos que medidas estão a ser tomadas?
O CD informou que estão preocupados com a situação e em breve vai abrir um procedimento concursal (concurso público) para a contratação de assistentes técnicos. Assim, o SISTERP espera que a contratação de novos colaboradores acabe com a presença dos técnicos superiores ao balcão e no Call Center, caso contrário vamos agir com medidas diferentes.
- Desmotivação dos colaboradores/trabalhadores
Demos nota da desmotivação dos trabalhadores e consequente pedidos de mobilidade para fora do IMT. Apontamos algumas dessas razões que se prendem com carreiras pouco atrativas comparativamente a outros Serviços Públicos, bem como a falta de “gratificações” para algumas funções e novas carreiras como a inspetiva. A este respeito há uma atrás abordamos o tema com a mesmo CD e pedimos que incorporassem no Estatuto tais valorizações e carreira inspetiva.
O CD tem noção da grandeza do assunto e que faz parte do seu trabalho pugnar pela valorização salarial e carreiras junto da tutela.
- Modalidade de horário de trabalho – Atribuição de jornada continua.
Sendo um tema sensível, contudo mostramos apreensão pela desigualdade na avaliação de pedidos de atribuição de jornada contínua. Mais, pedimos maior atenção e ponderação na hora de decidir. Esta situação conduziu a uma exposição por parte do SISTERP (direito de equidade e igualdade).
- Progressões vs “Acelerador”
Abordamos o tema designadamente o “acelerador de progressões” (requisitos: ter 18 anos de serviço e 6 pontos) e sua aplicabilidade, pois os seus efeitos são a 1 de janeiro de 2024.
A responsável adiantou que estão a trabalhar no processo, mas não se comprometeu com uma data para a sua conclusão.
Para o SISTERP tudo que seja para além de abril de 2024 é negativo!
O SISTERP sublinhou a importância de agendar um novo encontro em junho para revisão das medidas tomadas relativamente aos assuntos discutidos.
O SISTERP reitera o seu compromisso de permanecer vigilante e apoiar os trabalhadores do IMT.
A Direção Nacional
Viana do Castelo, 18 março de 2024